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PROJETO DE LEI 01-00370/2021 do Vereador Camilo Cristofáro (PSB-SP) denomina PRAÇA DA CIDADE DE SÃO PAULO COM O NOME DO MONTEBELENSE PADRE NAPOLEÃO DOS ANJOS FERNANDES, a praça fica localizada na interseção da Rua Ernesto de Oliveira com a Rua Lorenzo Valla, Chácara Klabin. Leiam abaixo o projeto:
A CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO DECRETA:
Art. 1º Fica denominada PRAÇA NAPOLEÃO DOS ANJOS FERNANDES, a praça inominada localizada na interseção da rua Ernesto de Oliveira, altura do numero 234, CEP 04116-170, com a Rua Lorenzo Valla, altura do numero 20, CEP 04116-220, Chácara Klabin – São Paulo, Lote F0034 nº 138 e quadra F 176.
Art. 2º As despesas decorrentes da execução desta Lei correrão por conta de dotações orçamentárias próprias, suplementadas se necessário.
Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação, revogadas as disposições com contrário.
Sala das Sessões,
HISTÓRIA – PADRE NAPOLEÃO
Nascido em MONTE BELO –MG em 15 de fevereiro de 1941. Seus
pais Francisco Fernandes Balduino e Francisca dos Anjos Fernandes e 3 irmãs, seu pai era Delegado de Policia e sua mãe do lar.
Com apenas 11 anos, em 1952 ingressou no seminário de Nossa
senhora de Sion em São Sebastião do Paraiso – MG. Em 19/02/1963, fez seus votos religiosos perpétuos de Pobreza, Castidade e Obediência. Após ter respondido às exigências da Igreja Católica Apostólica Romana, foi ordenado Diácono e Padre em 1965.
Além dos estudos de Filosofia e Teologia, feitos antes da
ordenação, Napoleão enriqueceu-se com os seguintes cursos: Direito na USP (Faculdade São Francisco em São Paulo) e recebeu.
Com honras, o diploma de Direito Internacional na Universidade de Paris.
Fez a complementação filosófica na Faculdade de Mogi das
Cruzes (SP), Administração Escolar na faculdade Nove de Julho, na Vila Maria (SP) e Pedagogia em Paris. Cabe acrescentar aqui os cursos informais de língua, Bíblia e Teologia que o Padre costumava fazer.
Padre Napoleão tinha um perfil alegre, acolhedor, simples, solidário, servo de todos. Ele sempre se esforçava para não dizer não, a quem lhe solicitava auxilio, era um homem de fé pratica e muito trabalhador.
Serviços Prestados:
1) Foi Padre auxiliar na Paróquia São José do Ipiranga (1966-1967);
2 ) Pároco da mesma igreja de 1967 a 1971;
3 ) Trabalhou em Pilar do Sul (SP) de 1972 a 1975;
4 ) Fez pastoral em Sorocaba;
5 ) Coordenou os Cursilhos de Cristandade em São Paulo;
6 ) Atuou no Circulo Operário do Ipiranga e na Paróquia São José do Ipiranga;
7 ) Conselheiro da Congregação dos Religiosos de Nossa Senhora de Sion;
8 ) Serviço e estudo em Paris e Jerusalém (1979 -1985);
9 ) Diretor da Escola São José dos padres de Sion (1986);
10 ) Auxiliou o Padre Frederico no setor de economia (1987 -1988);
11 ) Administrador de bens da Congregação (1989);
12 ) Prestou Serviços como Conselheiro e Assistente Geral de 1995 a 2001, realizando atividades como:
• Compra de terreno em Mogi da Cruzes e construção do Noviciado;
• Construção da ala nova da Escola São José dos Padres de Sion (aumento
de 600 para 1200 alunos);
• Restauração do antigo cinema;
• Construção de um estacionamento;
• Retificação do terreno entre Igreja São José e o prédio situado à rua Brigadeiro Jordão;
• Construção da Quadra da escola São José;
• Construção do novo seminário de Castro;
• Troca da Pizzaria margarita pela casa da Rua Xavier Curado, 42;
• Compra da Casa da Rua Costa Aguiar, 1266;
• Aluguel do Seminário da Lino Coutinho, 444 para a Prefeitura de São Paulo;
• Prédio da rua Abaitetuba, 77, Vila Carioca;
• Compra de apartamento na Praia Grande;
• Atualização da frota de veículos da Congregação;
Padre Napoleão foi vitime de esclerose lateral amiotrófica, que
segundo Dr. Drauzio Varella, “... é causada pela degeneração progressiva no primeiro neurônio motor...”. Em razão dessa doença gravíssima, sofreu uma paralisia generalizada.
Olhava para quem o visitava, mas não podia falar. Seus olhos, único
meio de comunicação, substituíam a língua.
Ficou privado de todos seus projetos, atividades pastorais, sociais e
celebrações.
Falecido em 20/11/2013, Padre Napoleão deixou, além do legado já mencionado, um imenso vazio em muitos corações. Constantemente seu nome é citado para evocar sua grandeza de pessoa e servo de Deus.
É provável que sua vida e a misericórdia divina o tenham motivado
a repetir o que São Pedro disse a Jesus: “...Senhor, eis que deixamos tudo e te seguimos. O que é que vamos receber? Disse-lhe Jesus:
“...Todo aquele que tiver deixado casas ou irmãos, irmãs, ou pai, ou mãe, ou filhos, ou terras, por causa do meu nome, receberá muito mais e herdará a vida eterna. Muito dos primeiros serão os últimos, e muitos dos últimos primeiros” (Mt 19,27-30).
FONTE: PROJETO DE LEI DA CÂMARA DE VEREADORES DE SÃO PAULO
